Na Cordoa, a opção por trabalhar com pele bovina não é uma fatalidade mas uma opção consciente. Tendo em conta a dificuldade em ter acesso a preços viáveis às alternativas já existentes de base vegetal (como a pele à base de fungos), a opção de usar pele bovina com tratamento vegetal e com a certificação do cumprimento de normativas comunitárias na sua extração e no seu tratamento é uma forma de cumprir um sentido de respeito pelo meio-ambiente, tendo em conta três aspetos essenciais desta matéria: o facto de ser um sub-produto da indústria da carne; a sua grande durabilidade e conforto; e o facto de ser biodegradável no fim de vida do produto.
A pele que usamos é um sub-produto da indústria alimentar, e o seu tratamento, ao contrário da maioria da pele usada na indústria da moda, não inclui químicos sintéticos. A curtimenta vegetal é um método de tratamento da pele animal que recorre apenas à sabedoria ancestral que usa as plantas, as cascas de árvores, folhas e frutos para extrair os taninos necessários ao processamento da pele. A pele que usamos nos produtos da Cordoa é fornecida por uma empresa italiana que pertence ao Consorzio Vera Pelle, um consórcio sediado na Toscânia, que junta vários produtores locais de pele de curtimenta vegetal, que se dedica a proteger, regular e divulgar a produção desta matéria de excelência.
A pegada ecológica da “pele vegan”
As alternativas à pele animal que se apresentam atualmente sob o signo de pele “sustentável”, são na sua esmagadora maioria, materiais à base de derivados do petróleo como é o caso da “pele vegan”. O uso de materiais sintéticos feitos com polímeros não é comprovadamente mais sustentável que o uso da pele animal, tanto no aspeto da sua produção como no aspeto da sua durabilidade e da sua degradação após a vida útil do produto. Os produtos feitos à base de polímeros como o poliuretano (PU) ou PVC são comprovadamente muito poluidores, desde a produção do material, com a necessidade de usar petróleo e grandes quantidades de energia baseada em fontes de energia não-renovável, para além dos elementos cancerígenos adicionados na produção de PVC, como dioxinas, que são tóxicas para pessoas e animais*. Estes produtos, quando descartados no meio ambiente não são biodegradáveis, como a pele animal, e libertam toxinas na água e no solo durante o seu longo processo de decomposição.
Apesar da pegada ecológica massiva da indústria da carne, a produção e tratamento de um sub-produto desta indústria não é equiparável ao dano ambiental das matérias sintéticas que imitam a pele animal. Numa época em que a pressão para a transição energética com o abandono das fontes de energia com base em combustível fosseis é urgente, é também essencial abandonar os produtos que fazem uso destas matérias fósseis, com os conhecidos impactos da sua produção e da impossibilidade da sua degradação no meio ambiente quando descartados, procurando desenvolver alternativas biodegradáveis e, ainda mais importante, fazendo do consumo um processo ponderado e sem a expectativa do desperdício.
A pele de curtimenta vegetal está normalmente associada a produtos fabricados de forma mais artesanal e em menor escala, o que permite trabalhar com uma matéria mais cara, e que tem também ela própria uma cadeia de produção mais lenta e não responde a uma escala de super produção típica da fast-fashion, por exemplo. Este é um bom exemplo de como nos é exigido como consumidores de produtos mais sustentáveis, um consumo mais ponderado e pontual, e portanto, um abandono das lógicas das coleções renovadas em permanência que a indústria da moda tem imposto.
Alternativas vegetais à pele animal
As alternativas de base vegetal concentram-se geralmente em dois tipos: a pele feita à base de cascas de frutos, como maçãs ou abacaxis, que já têm um lugar no mercado, nomeadamente no calçado e acessórios, mas em que a durabilidade das matérias é muito limitada; e a pele feita à base de fungos, capaz de enganar o olho humano, com a sua impressionante semelhança com à melhor pele bovina, mas que é ainda uma alternativa distante do consumidor “comum”, devido aos preços ainda incomportáveis destas matérias incríveis. E, apesar deste caminho estar já traçado, o abandono progressivo das matérias-primas com base em combustíveis fósseis é urgente, se queremos alcançar um futuro onde podemos fazer do consumo um sistema circular de recursos naturais diversos, verdadeiramente sustentáveis.
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Pele animal e sustentabilidade
A Cordoa e a pele animal: uma opção consciente
Na Cordoa, a opção por trabalhar com pele bovina não é uma fatalidade mas uma opção consciente. Tendo em conta a dificuldade em ter acesso a preços viáveis às alternativas já existentes de base vegetal (como a pele à base de fungos), a opção de usar pele bovina com tratamento vegetal e com a certificação do cumprimento de normativas comunitárias na sua extração e no seu tratamento é uma forma de cumprir um sentido de respeito pelo meio-ambiente, tendo em conta três aspetos essenciais desta matéria: o facto de ser um sub-produto da indústria da carne; a sua grande durabilidade e conforto; e o facto de ser biodegradável no fim de vida do produto.
A pele que usamos é um sub-produto da indústria alimentar, e o seu tratamento, ao contrário da maioria da pele usada na indústria da moda, não inclui químicos sintéticos. A curtimenta vegetal é um método de tratamento da pele animal que recorre apenas à sabedoria ancestral que usa as plantas, as cascas de árvores, folhas e frutos para extrair os taninos necessários ao processamento da pele. A pele que usamos nos produtos da Cordoa é fornecida por uma empresa italiana que pertence ao Consorzio Vera Pelle, um consórcio sediado na Toscânia, que junta vários produtores locais de pele de curtimenta vegetal, que se dedica a proteger, regular e divulgar a produção desta matéria de excelência.
A pegada ecológica da “pele vegan”
As alternativas à pele animal que se apresentam atualmente sob o signo de pele “sustentável”, são na sua esmagadora maioria, materiais à base de derivados do petróleo como é o caso da “pele vegan”. O uso de materiais sintéticos feitos com polímeros não é comprovadamente mais sustentável que o uso da pele animal, tanto no aspeto da sua produção como no aspeto da sua durabilidade e da sua degradação após a vida útil do produto. Os produtos feitos à base de polímeros como o poliuretano (PU) ou PVC são comprovadamente muito poluidores, desde a produção do material, com a necessidade de usar petróleo e grandes quantidades de energia baseada em fontes de energia não-renovável, para além dos elementos cancerígenos adicionados na produção de PVC, como dioxinas, que são tóxicas para pessoas e animais*. Estes produtos, quando descartados no meio ambiente não são biodegradáveis, como a pele animal, e libertam toxinas na água e no solo durante o seu longo processo de decomposição.
Apesar da pegada ecológica massiva da indústria da carne, a produção e tratamento de um sub-produto desta indústria não é equiparável ao dano ambiental das matérias sintéticas que imitam a pele animal. Numa época em que a pressão para a transição energética com o abandono das fontes de energia com base em combustível fosseis é urgente, é também essencial abandonar os produtos que fazem uso destas matérias fósseis, com os conhecidos impactos da sua produção e da impossibilidade da sua degradação no meio ambiente quando descartados, procurando desenvolver alternativas biodegradáveis e, ainda mais importante, fazendo do consumo um processo ponderado e sem a expectativa do desperdício.
A pele de curtimenta vegetal está normalmente associada a produtos fabricados de forma mais artesanal e em menor escala, o que permite trabalhar com uma matéria mais cara, e que tem também ela própria uma cadeia de produção mais lenta e não responde a uma escala de super produção típica da fast-fashion, por exemplo. Este é um bom exemplo de como nos é exigido como consumidores de produtos mais sustentáveis, um consumo mais ponderado e pontual, e portanto, um abandono das lógicas das coleções renovadas em permanência que a indústria da moda tem imposto.
Alternativas vegetais à pele animal
As alternativas de base vegetal concentram-se geralmente em dois tipos: a pele feita à base de cascas de frutos, como maçãs ou abacaxis, que já têm um lugar no mercado, nomeadamente no calçado e acessórios, mas em que a durabilidade das matérias é muito limitada; e a pele feita à base de fungos, capaz de enganar o olho humano, com a sua impressionante semelhança com à melhor pele bovina, mas que é ainda uma alternativa distante do consumidor “comum”, devido aos preços ainda incomportáveis destas matérias incríveis. E, apesar deste caminho estar já traçado, o abandono progressivo das matérias-primas com base em combustíveis fósseis é urgente, se queremos alcançar um futuro onde podemos fazer do consumo um sistema circular de recursos naturais diversos, verdadeiramente sustentáveis.
créditos da imagem: Consorzio Vera Pelle
* Consultado em: https://en.wikipedia.org/wiki/Artificial_leather