Um nome é uma amálgama de muitas origens, tais como todas as outras palavras. No caso da Cordoa, há uma série de referências, culturais e geográficas, que levaram à criação deste nome.
Cordoa [/‘kɑːrdʊə/] [córdua] lembra-nos automaticamente de “corda”, mas este neologismo surgiu naturalmente de uma série de coincidência semânticas, que se cruzaram durante a criação da marca. Por um lado, há a palavra inglesa “cordwainer” e a palavra francesa “cordonnier”, que significam, em português, sapateiro — no sentido do artesão que faz sapatos e não no sentido daquele que conserta sapatos, que em inglês seria “cobbler”.
A palavra leva-nos também às guildas medievais: organizações profissionais medievais dos artesãos e artífices de cada ofício, havendo uma guilda dos cordwainers, artesãos especializados e autorizados a produzir sapatos, ao contrário dos cobblers, apenas autorizados a reparar o calçado já produzido pelos primeiros.
A origem etimológica desta palavra vem do francês cordonnier, e tem que ver com a utilização do prestigiado couro de Cordoue, ou seja de Córdoba, cidade da Andaluzia conquistada pelos muçulmanos em 756 d.C., mais tarde feita capital do califado com o mesmo nome, e que se tornou um importante e reputado centro de produção de couro a partir do século IX, naquele que foi um vibrante centro comercial, cultural e inter-religioso até ao séc. XVI.
Depois desta inspiração mais racional, vêm as coincidências. A primeira acontece no Algarve, porque a Cordoa surge durante o tempo que vivi em Vila do Bispo, na costa Vicentina, onde existe a praia da Cordoama. A segunda coincidência dá-se a norte, no Porto, onde a Cordoa se instalou até hoje, em pleno centro histórico, precisamente na zona de uma das antigas Cordoarias da cidade, que se estendia, no século XV, desde os areais de Miragaia até bem perto do Passeio das Virtudes e onde historicamente se estabeleceram os Cordoeiros que fabricavam as suas grandes cordas para a indústria naval, antes de se mudarem para o Largo do Olival, atual Campo dos Mártires da Pátria, ainda hoje chamado de Cordoaria.
A Cordoa, qual jogo de palavras, dá então uma grande volta e une os significados, tal como uma corda, prestando, por um lado, homenagem aos históricos artesãos do couro e do calçado, e por outro, tocando as referências geográficas dos sítios por onde este projeto tem passado. Mais que meras coincidências, fica-nos a sensação de que a cultura material está em todo o lado, e que basta estarmos atentos.
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A origem da Cordoa
Um nome é uma amálgama de muitas origens, tais como todas as outras palavras. No caso da Cordoa, há uma série de referências, culturais e geográficas, que levaram à criação deste nome.
Cordoa [/‘kɑːrdʊə/] [córdua] lembra-nos automaticamente de “corda”, mas este neologismo surgiu naturalmente de uma série de coincidência semânticas, que se cruzaram durante a criação da marca. Por um lado, há a palavra inglesa “cordwainer” e a palavra francesa “cordonnier”, que significam, em português, sapateiro — no sentido do artesão que faz sapatos e não no sentido daquele que conserta sapatos, que em inglês seria “cobbler”.
A palavra leva-nos também às guildas medievais: organizações profissionais medievais dos artesãos e artífices de cada ofício, havendo uma guilda dos cordwainers, artesãos especializados e autorizados a produzir sapatos, ao contrário dos cobblers, apenas autorizados a reparar o calçado já produzido pelos primeiros.
A origem etimológica desta palavra vem do francês cordonnier, e tem que ver com a utilização do prestigiado couro de Cordoue, ou seja de Córdoba, cidade da Andaluzia conquistada pelos muçulmanos em 756 d.C., mais tarde feita capital do califado com o mesmo nome, e que se tornou um importante e reputado centro de produção de couro a partir do século IX, naquele que foi um vibrante centro comercial, cultural e inter-religioso até ao séc. XVI.
Depois desta inspiração mais racional, vêm as coincidências. A primeira acontece no Algarve, porque a Cordoa surge durante o tempo que vivi em Vila do Bispo, na costa Vicentina, onde existe a praia da Cordoama. A segunda coincidência dá-se a norte, no Porto, onde a Cordoa se instalou até hoje, em pleno centro histórico, precisamente na zona de uma das antigas Cordoarias da cidade, que se estendia, no século XV, desde os areais de Miragaia até bem perto do Passeio das Virtudes e onde historicamente se estabeleceram os Cordoeiros que fabricavam as suas grandes cordas para a indústria naval, antes de se mudarem para o Largo do Olival, atual Campo dos Mártires da Pátria, ainda hoje chamado de Cordoaria.
A Cordoa, qual jogo de palavras, dá então uma grande volta e une os significados, tal como uma corda, prestando, por um lado, homenagem aos históricos artesãos do couro e do calçado, e por outro, tocando as referências geográficas dos sítios por onde este projeto tem passado. Mais que meras coincidências, fica-nos a sensação de que a cultura material está em todo o lado, e que basta estarmos atentos.